Ministério da Cidadania, ACNUR e OIM lançam painel sobre integração e interiorização de venezuelanos no Brasil
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Desde 2018, mais de 45 mil venezuelanos foram interiorizados de Roraima para mais de 600 municípios de 26 estados brasileiros e o Distrito Federal. Esses são resultados da Estratégia de Interiorização da Operação Acolhida do Governo Federal, que conta com o apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e da Organização Internacional para as Migrações (OIM) no marco da Plataforma R4V – Resposta a Venezuelanos.
Entre janeiro e novembro de 2020, mais de 18 mil pessoas venezuelanas foram interiorizadas, mesmo com as restrições impostas pela pandemia de COVID-19. Desde março, rigorosos protocolos de prevenção ao novo coronavírus foram implementados, possibilitando que os procedimentos da Operação Acolhida para a interiorização dos beneficiários seguissem em segurança.
O painel é uma iniciativa conjunta entre o Ministério da Cidadania, que coordena o Subcomitê Federal para Interiorização, e as agências da ACNUR e OIM. A plataforma mostra os números da interiorização com dados de evolução histórica desta estratégia, informações de quais municípios e estados receberam refugiados e migrantes e o perfil laboral, educacional e de necessidades específicas de proteção. Essas informações possibilitam maior conhecimento e agilidade para a integração local dessa população em interface com o poder público local. Além de informações quantitativas com gráficos da movimentação, mês a mês, município a município, o painel traz também informações por faixa etária e em quais modalidades o imigrante foi interiorizado.
Para a coordenadora do Subcomitê Federal de Interiorização, Niusarete de Lima, a ferramenta será uma facilitadora no processo de informações aos gestores estaduais e municipais da assistência social, bem como aos muitos parceiros da Operação Acolhida. “Ao final de cada mês, todos poderão saber o consolidado da movimentação dos imigrantes para cada um dos municípios. Toda a rede socioassistencial terá acesso às informações desta estratégia de governo, desenvolvida de forma articulada entre Governo Federal e agências internacionais”, afirmou.
“Os dados contribuirão para que os impactos das estratégias de interiorização e integração na inserção socioeconômica dos venezuelanos sejam melhor compreendidos. Queremos seguir fortalecendo essa estratégia como uma das melhores soluções para a acolhida e integração da população venezuelana no Brasil”, pontua Jose Egas, Representante do ACNUR no Brasil.
“O painel dá visibilidade e transparência ao importante trabalho realizado pelo Governo Federal ao implementar a Estratégia de Interiorização. Com dados disponíveis a todos os parceiros da resposta humanitária, podemos melhor ajustar nossas ações e impulsionar a integração socioeconômica dos beneficiários, trazendo benefícios para todos”, ressalta o chefe de missão da OIM no Brasil, Stéphane Rostiaux.
O Brasil é o sexto maior anfitrião de venezuelanos deslocados no mundo. Até agosto de 2020, mais de 260 mil refugiados, solicitantes de asilo e migrantes estavam no país. Segundo o painel, das 45 mil pessoas interiorizadas, mais de 46% está em idade laboral. Desses, 6% declararam não ter trabalho.
Estatísticas
Em relação à educação, 55% dos adultos têm ensino médio completo. Quando dois mil dos venezuelanos interiorizados têm ensino superior completo.
Sobre as necessidades específicas de proteção dos refugiados e migrantes interiorizados, oito mil venezuelanos declaram tem pelo menos uma, como: criança fora da escola, pai/mãe solteiro, gravidez, mulher em risco, algum tipo de deficiência, entre outros.
Acesse aqui o painel de interiorização.
Diretoria de Comunicação - Ministério da Cidadania
Com informações de ACNUR e OIM